sexta-feira, 8 de novembro de 2013

F#772

Naquele canto da sala, sentado, ele não está lá...

Como?



Olhar penetrante em dircção ao monitor.
A analisar padrões, de ondas cerebrais a velocidades supersónicas.
Como se de algo trivial se tratasse.
Como se nele algo fosse trivial.
E é essa trivialidade aparente que o expõe. 
A quem o conhece.


Porque quem o conhece sabe que ele não é ele...
Que aquele canto exerce nele um efeito nefasto, 
como se de um invisivel colete de forças o segurasse.. 

Por ora...naquele canto, 
ele é ele e não sou eu. 


Mas, por momentos a musica, 
sempre ela, 
liberta-o...

Mas,
antes que se liberte totalmente...
algo superior
a medo, 
o empurra de novo para canto. 


Ele incomoda-se, luta, 
ainda que momentaneamente. 

Mas ele sabe o que quer....
E sabe que ainda não é tempo...


Por ora, 

naquele canto ele é ele. 

Mas vou ser eu. 




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